quinta-feira, 27 de junho de 2013

Internauta sugere coletânea

Pelo Facebook, o internauta Zemaria Silva sugere a preparação de uma coletânea ou repositório constando os principais eventos destes 300 anos, como os feitos de Velho da Taipa e Borba Gato, o incêndio da Matriz (em 1914), a Granja Maratona e a estrada de ferro, por exemplo, com:

1 - Com referência sinóptica
2 - Ilustração
3 - Editar em número suficiente para distribuição e venda."

O que acham, pessoal?

Equipe Pitangui 300 Anos

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Série de livros aborda evolução de Pitangui



Quatro anos antes de Pitangui completar seus 300 anos, o jornalista Marcelo Freitas teve uma ideia interessante de contar a história do município de uma forma diferente, em uma série de 12 livros em formato de bolso, cada um de um autor, capaz de apresentar o passado, relatar o presente e traçar perspectivas para os próximos anos, em vários aspectos.


Marcelo Freitas com seu livro (foto: Ricardo Welbert)


O primeiro da série, ele mesmo escreveu (os seguintes ainda estão sendo produzidos). A Construção do Tombamento trata do tombamento do centro histórico, ocorrido em 2008, em meio a muita polêmica. O livro mostra a história da evolução urbana de Pitangui, dos primeiros anos até 2008, como foi o tombamento e, ao mesmo tempo, lança um olhar sobre o futuro. Parte da ideia de que o tombamento, mais do que um ato jurídico, é um processo em permanente construção. Em novembro de 2012, o livro foi lançado em Divinópolis. Na ocasião, Marcelo Freitas foi entrevistado e contou mais detalhes sobre a iniciativa. Veja neste vídeo.



Sobre o autor

Marcelo Freitas é jornalista profissional, formado em 1981 pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e mestre em Ciências Sociais pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais mineiros Diário do Comércio, Hoje em Dia, O Tempo e Estado de Minas. Em 2001, recebeu os prêmios Líbero Badaró e Esso Regional Sudeste pela reportagem sobre os altos salários dos deputados estaduais mineiros. Foi professor do curso de Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, onde coordenou o Laboratório de Jornalismo Impresso. Foi assessor de comunicação da UFMG. Marcelo Freitas também é o autor do livro Não foi por acaso, que reconstitui a história dos trabalhadores que construíram a siderúrgica Usiminas, no Vale do Aço, Minas Gerais, e morreram no Massacre de Ipatinga. Em 2010, Não foi por acaso recebeu menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Jornalismo e Direitos Humanos, dado pelo Sindicato dos Jornalistas da Cidade de São Paulo e pelo Instituto Vladimir Herzog.

Pitangui no jornal Estado de Minas





No dia em que comemorou seus 298 anos, Pitangui foi notícia no jornal Estado de Minas. A reportagem "Relíquia Preservada", assinada pelo jornalista Paulo Henrique Lobato, saiu na página 22 do caderno Gerais e abordou a restauração da Igreja de São Francisco de Assis e do casarão de Monsenhor Vicente.

Leia a íntegra da reportagem

RELÍQUIA PRESERVADA

Paulo Henrique Lobato
Enviado especial

Pitangui – Fundada por bandeirantes paulistas no fim do século 17 e elevada pela Coroa portuguesa à condição de sétima vila do ouro em 1715, Pitangui completa 298 anos neste domingo. Às vésperas do aniversário da mais antiga cidade do Centro-Oeste de Minas, a 130 quilômetros de Belo Horizonte, o poder público anunciou alguns presentes aos moradores, como nova etapa de restauração da centenária Igreja São Francisco de Assis, erguida entre 1850 e 1873, de estilo neoclássico, e a reforma de seu adro. As reformas foram autorizadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e devem ser concluídas antes de 2015, quando o município irá comemorar seu tricentenário.

Há uma expectativa de que o adro receba uma escadaria de pedra-sabão. O local ganhará iluminação, bancos e piso de paralelepípedos. As novas características ao redor da igreja darão mais charme ao seu conjunto arquitetônico, cuja reforma tem fim aguardado com entusiasmo pela comunidade. Afinal, além de ser um dos cartões-postais da cidade, o templo está fechado desde dezembro de 2002, devido a problemas nas estruturas interna e externa. A reforma só começou em 2010 e a maior parte dos recursos é do governo estadual.

“Duas etapas das obras da igreja foram concluídas. Faltam outras duas: a do forro e a da parte artística. Essa última, por exemplo, envolve o altar-mor, onde há detalhes (esculpidos) no século 18. O novo adro será feito em acordo com o estilo da igreja, que é o neoclássico”, disse, sem esconder a euforia, o secretário municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio Histórico, Antônio Lemos. “O processo de licitação será aberto em breve”, acrescenta o frei Manoel Ricardo da Rocha Fiúza, do Conselho Municipal do Patrimônio, Cultural e Turismo.

A capela, como muitos moradores se referem à Igreja de São Francisco, foi edificada na segunda metade do século 18, no então morro Alto das Cavalhadas. Dois objetos, na torre esquerda, reforçam a importância da igreja no cotidiano dos mineiros daquela época. Trata-se do relógio, fabricado em 1811, e do sino, de 1862. Ambos foram feitos em Portugal e doados à paróquia pela Coroa lusitano. É importante lembrar que o centenário templo foi construído numa época em que a sétima vila do ouro era referência no desenvolvimento econômico da então Província das Minas Gerais.

Pitangui é a “cidade-mãe” de mais de 40 municípios mineiros, incluindo, entre outros, Nova Serrana, Pará de Minas, Divinópolis, Itaúna e Bom Despacho. Vários deles se desenvolveram economicamente mais do que a sétima vila do ouro – as outras são Mariana, Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei, Caeté e Serro. Na época em que esses lugarejos se despontavam na economia e na alta sociedade mineira, a Igreja de São Francisco era referência no Centro-Oeste da província que mais abasteceu a Coroa portuguesa com ouro e outras pedras preciosas.

Pó de ouro

O interior da edificação não é tão rico quanto o de muitas igrejas das outras seis vilas, cujas naves têm pinturas de artistas famosos do período barroco e os altares abrigam imagens e ornamentações banhadas com pó de ouro. Mas nada disso tira o charme da Igreja de São Francisco de Assis pitanguiense. Por décadas, o local sediou as principais festividades religiosas da cidade, como as barraquinhas, que ocorreram até a década de 1990. A igreja e o adro são temas de divertidas histórias e lendas.

Quem conta uma delas é o turismólogo Leonardo Morato: “Na década de 1980, depois da procissão de um Domingo de Ramos, fiéis se concentraram no adro. À medida que o povo chegava, se espalhavam cheiros de capim-santo, erva-cidreira e demais ramos peculiares à data. Eu, ainda menino, acompanhava tudo com a família. Quando ouvi a primeira badalada do sino da igreja, um enxame de abelhas atacou os fiéis. Ninguém sabia que havia uma colmeia na parte interna do sino. Foi aquele corre-corre, um empurra-empurra danado. Gritaria, desespero, gente se abanando e jogando os ramos no chão...”.

Morato continua a história: “O coroinha se escondeu debaixo do altar e se cobriu com um manto. Só saiu de lá depois que a confusão acabou. Houve quem aproveitou o desespero dos fiéis e aumentou os causos. Teve gente, por exemplo, que viu o seu Luiz da Muleta, infelizmente já falecido, sair correndo. Claro que essa parte é brincadeira, mas o seu Luiz, coitado, caiu no chão e precisou ser socorrido por amigos. Ninguém, graças a Deus, se feriu gravemente”.

Há outros casos e lendas. O escritor Marcos Antônio de Faria, no artigo “Caminhando com a história de Pitangui”, de 2004, escreveu que a igreja “recebeu a consagração eclesiástica entre os anos de 1872 e 1873” e que ela é visitada, frequentemente, por almas penadas: “Contam nossos avós que, de madrugada, quem passava pelas imediações da igreja via uma procissão de pessoas, velas acesas nas mãos, indo em direção a ela, tal qual almas penadas em busca do perdão de seus pecados.”

Conselheiro de dom Pedro

Mais uma novidade que será divulgada aos moradores é a criação da Comenda Belchior, em homenagem ao padre Belchior Pinheiro de Oliveira (1775–1856). O pároco nasceu no antigo Arraial do Tijuco, hoje Diamantina, e viveu por 42 anos em Pitangui – seus restos mortais estão sepultados na escadaria da Matriz de Nossa Senhora do Pilar. Ele entrou para a história como o principal conselheiro de dom Pedro I (1798–1834).

Ele teve participação especial na declaração da independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. Belchior acompanhou o príncipe regente, na viagem de Santos a São Paulo, quando Dom Pedro recebeu cartas informando que Portugal exigia seu retorno à Europa. Irritado com a pressão, o regente pediu um conselho ao padre. Às margens do Riacho Ipiranga, Belchior aconselhou ao príncipe a declarar a independência: “Se Vossa Alteza não se faz rei do Brasil, será prisioneiro das cortes e, talvez, deserdado por elas. Não há outro caminho senão a independência e a separação”. A frase se destaca na lápide do conselheiro.

SAIBA MAIS: 
PATRIMÔNIO PERDIDO

Pitangui é terra de Gustavo Capanema, o político que fundou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Curiosamente, muitas edificações antigas da cidade foram jogadas ao chão, sobretudo nas décadas de 1980 e 1990, quando boa parte dos moradores do município não tinha consciência da importância histórica dos imóveis. As imagens do antigo cinema, por exemplo, só restam em fotografias. Outros casarões, erguidos no fim do século 19 e no início do 20, também não existem mais. Para evitar que o restante do patrimônio fosse perdido, o Iepha tombou, em 2010, todo o Centro Histórico de Pitangui, incluindo o imponente Casarão do Monsenhor, todo recuperado.


terça-feira, 18 de junho de 2013

O 298º aniversário de Pitangui


Os 298 anos de Pitangui foram comemorados com um desfile que percorreu as principais ruas e avenidas da cidade. 
Os participantes usaram fantasias, tocaram instrumentos e levantaram faixas com mensagens sobre a cidade. Quem não teve a oportunidade de acompanhar de perto, pode assistir ao vídeo abaixo, produzido pela radialista Tina Barcelos. 

domingo, 9 de junho de 2013

Uma data especial


9 de junho de 1975
9 de junho de 2013


298 anos de emancipação política de um lugar que já existia mesmo antes de 1715. Oficialmente, Pitangui ainda não tem 300 anos. Mas sabemos que tanta história não poderia ser feita em tão pouco tempo. Que os próximos dois anos sejam suficientes para preparar uma comemoração à altura. 

Parabéns, Pitangui, pelos seus 298 anos. 


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Programação dos 298 anos

Faltam poucos dias para os 298 anos de Pitangui. Na programação preparada pela Prefeitura, é possível conferir os dias e horários dos eventos. O material gráfico inclui o Hino de Pitangui (oportunidade para todo mundo decorar a letra). 

Clique na imagem para ampliá-la

A programação oficial tem lançamento de programa social, cultos religiosos, exposição agropecuária, homenagens políticas, desfiles de estudantes, inaugurações, eventos de saúde, apresentação musical, cavalgada, encontro de carros antigos e uma conferência sobre assistência social. 

Clique na imagem para ampliá-la

Para quem gosta de rodeio, a Expô Pitangui está com tudo e não está prosa. De seis a nove de junho, tem muitas atrações e música sertaneja. Confira a programação: 

Clique na imagem para ampliá-la

Tricentenário é discutido em programa de rádio; ouça


Os movimentos de preparação para os 300 anos de Pitangui, no ano de 2015, já estão na pauta dos principais veículos de comunicação da cidade. No dia 17 de maio de 2013, o programa "Sempre um bom papo", da rádio Ativa FM, abordou o assunto. 

O apresentador, José Raimundo Machado, baseou-se em um editorial do jornal O Independente para explicar por quê os pitanguienses precisam valorizar a história da cidade.

Para ouvir o programa inteiro, clique AQUI.